Mais de 40 casos de atos violentos a escolas foram investigados desde o mês passado, de acordo com a Polícia Civil de Goiás
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) autuou 51 menores suspeitos de ameaças de atos violentos a escolas públicas ou privadas do estado. A operação integrada tem a participação de todas as delegacias especializadas, bem como as regionais, em parceria com as demais forças de segurança e acontece desde o mês de março.
De acordo com o delegado-geral da PCGO, André Ganga, foram mais de 40 casos registrados no período. “Além dos menores, foram apreendidos materiais utilizados para incitar violência no ambiente escolar, tais como computadores, celulares e até armas de fogo”, afirmou ele.
Segundo Ganga, seguindo orientação do governo estadual e da Secretaria de Segurança Pública, alguns pais também foram responsabilizados. “Em muitos casos, entendemos, por exemplo, que há omissão dos responsáveis, o que também configura crime”, explica.
Um dos casos aconteceu nessa segunda-feira (17/4), em que dois adolescentes foram apreendidos na capital goiana, após investigações sobre ameaças de atos violentos em instituições de ensino. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, foram cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro endereços distintos. Além dos menores, cinco armas de fogo e uma arma branca foram apreendidas.
Conforme a polícia, em um dos casos, o pai de um dos adolescentes foi preso em flagrante por porte de arma de fogo e munições.
Casos recentes
No último dia 11 de abril, um adolescente invadiu uma escola pública em Santa Tereza de Goiás e feriu duas alunas com facadas. O agressor foi contido pela equipe do colégio e apreendido pela Polícia Militar de Goiás. Os dois alunos feridos foram levados ao Hospital Municipal Tarciso Liberte e não correm risco de morte.
A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) informou que os professores seguiram um protocolo, criado em 2019, para atos de violência em escolas.
Este é mais um caso de violência em escolas no Brasil logo após o ataque em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, quando quatro crianças foram assassinadas.
Desde então, o governo federal tem feito uma força-tarefa para investigar grupos extremistas nas redes sociais que possam estar incentivando esse tipo de ação e espalhando medo entre familiares, estudantes e trabalhadores da educação.
Fonte: metropoles.
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