Segundo a polícia, após ganhar ação, ele se apropriava de valores que eram para as pessoas que o contrataram, usando as procurações delas. Ao todo, 14 pessoas o denunciaram.
Um advogado foi preso pela segunda vez suspeito de se apropriar indevidamente de cerca de R$ 150 mil de pelo menos 14 clientes em Goiás. Segundo a Polícia Civil, após ganhar uma ação, ele usava as procurações que tinha para pegar os valores que deveriam ser pagos às pessoas que o contrataram.
À TV Anhanguera, a defesa do suspeito disse que ainda não teve acesso ao processo e que já entrou com o pedido de revogação da prisão.
A segunda prisão aconteceu na quarta-feira (8), em Goiânia, por policiais civis de Mineiros, na região sudoeste de Goiás, com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). O delegado Thiago Escandolhero disse que a detenção aconteceu após a conclusão de um inquérito policial, instaurado em fevereiro.
De acordo com a PC, em todos os crimes, o suspeito agia da mesma forma: após ganhar uma ação, ele usava as procurações que tinha das pessoas que o contrataram, pegava todo o dinheiro depositado judicialmente e não avisava os clientes.
Investigação e prisões
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil instaurou um inquérito, em Mineiros, para investigar o advogado após a suspeita de que ele estaria praticando apropriação indébita majorada de forma frequente.
Na época do início da investigação, o advogado foi preso, mas saiu da prisão pouco tempo depois, conforme informou o investigador.
“Ele foi preso no comecinho de fevereiro e foi solto na audiência de custódia. Depois de divulgar para a imprensa, começaram a aparecer muitas vítimas, eu refiz o pedido [de prisão] e ele foi preso”, disse o delegado.
Segundo a polícia, ao todo, 14 pessoas denunciaram que foram vítimas dele. O prejuízo estimado, na somatória, é de aproximadamente R$ 150 mil.
O inquérito foi finalizado neste mês e o advogado foi indiciado pelo crime de apropriação indébita majorada, praticada em continuidade delitiva.
Após esta segunda prisão, que aconteceu de forma preventiva, o advogado passou por uma nova audiência de custódia e, segundo o delegado, a juíza o manteve preso. Além disso, a magistrada ainda pediu o recambiamento “urgente” do detido para o presídio de Mineiros.
No ato da prisão, a Polícia Civil ainda disse que comunicou o fato à Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), para as providências necessárias.
Em nota, a OAB-GO informou que está acompanhado o caso para garantir que o advogado tenha amplo direito de defesa e que, se for comprovado envolvimento dele nos crimes, vai tomar todas as medidas disciplinares cabíveis.
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Fonte: g1 Goiás.
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