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Alinhado com Bolsonaro, agronegócio ignora Vitor Hugo e caminha fechado com Caiado

Presidente da Faeg, José Mário Schreiner, destaca atuação dos pré-candidatos na gestão atual em âmbito estadual e federal



O apoio do agronegócio foi uma das principais forças da campanha de Jair Bolsonaro (PL), em 2018. De lá pra cá, a relação com o setor esteve estremecida em alguns momentos, mas nunca o suficiente para afastar o setor das pautas bolsonaristas.


Para as eleições de 2022, o principal adversário de Bolsonaro segundo as pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenta se aproximar de grupos que se distanciaram do atual do presidente e, para isso, chegou a se reunir com empresários do agronegócio, deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária e nomes ligados à Confederação Nacional da Agricultura que trouxeram queixas referentes à gestão de Bolsonaro. Em Goiás, no entanto, as principais lideranças do setor seguem defendendo o projeto do presidente.

O deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, explica que o alinhamento ocorre em razão do distanciamento do setor das pautas de esquerda, mas também pelo reconhecimento das conquistas e da atuação do presidente na área.


“Bolsonaro foi muito feliz ao escalar Tereza Cristina como sua Ministra da Agricultura e Abastecimento durante quase todo o mandato. Ela promoveu um trabalho exemplar e trouxe diversas vitórias para o setor no decorrer deste mandato”, explica. Schreiner também destaca a atuação do setor durante o momento adverso da pandemia, com total apoio da máquina pública para reduzir burocracias e aumentar a segurança econômica dos empresários do agro.


Apesar de alinhado com o projeto do presidente candidato à reeleição, em âmbito estadual o setor optou por caminhar ao lado do governador Ronaldo Caiado (UB), e não do candidato que tem o apoio e o partido de Bolsonaro, Major Vitor Hugo. O presidente da Faeg justifica a opção pelo trabalho que Caiado já fez na atual gestão. “A valorização do agro precisa ser trabalhada em todas as esferas de governo federal, estadual e municipal. As conquistas no estado de Goiás feitas pelo agro tiveram atenção e pauta com o governador, as pautas nacionais tiveram atenção do presidente. Esse é o alinhamento que o agro precisa: valorização e defesa do setor e sabemos reconhecer o trabalho de quem ajudou”, pontua. Apesar de Vitor Hugo ter recebido apoio público de Bolsonaro, o governador Ronaldo Caiado também apoia o atual presidente.


Em recente conversa com o Jornal Opção, o ex-prefeito de Trindade e empresário do agronegócio Jânio Darrot destacou o apoio de Caiado a Bolsonaro, mas reconheceu a presença de Vitor Hugo como um impasse no projeto. “Acredito que agora [Caiado e Bolsonaro] vão caminhar juntos. Os dois têm o mesmo projeto e tenho certeza que os produtores rurais vão ficar felizes com essa aliança. Mas isso depende, pois tem outra candidatura representando o presidente aqui, precisamos ver como as coisas se acertam”, pontuou.


Em meio a um cenário de desfavorecimento diante das principais lideranças do setor, Vitor Hugo tem tentando construir sua aproximação a partir da definição do nome de seu vice-governador. O pré-candidato bolsonarista já declarou que tem interesse em compor chapa com uma mulher ligada ao agro. Entre os nomes ventilados estão, por exemplo, a vereadora Nayara Barcelos (PRTB) e Flávia Cunha (PP), ambas de Rio Verde. A força no sudoeste goiano também é uma das apostas de Caiado, que vê em Lissauer Vieira (PSD) – agora oficialmente pré-candidato ao Senado – um caminho para garantir espaço com empresários do setor na região.


Em abril deste ano, representantes do agronegócio goiano já haviam sinalizado apoio à reeleição de Caiado em evento com a presença de lideranças no setor. Na ocasião, Caiado destacou ações de governo que beneficiaram o agro, valorizando especialmente a atuação da Patrulha Rural. “Hoje não se vê nenhuma fazenda invadida em Goiás. Você vê segurança jurídica estampada, um Estado que não meteu a mão no bolso do produtor rural”, declarou no evento. A atuação é reconhecida pelo presidente da Faeg, que garante que Caiado sempre representou o agro e, no governo atual, atendeu solicitações que melhoraram infraestrutura e escoamento de produção. “Recentemente ampliou um pedido da Faeg para aumento da linha de crédito por CPF pelo FCO para áreas do setor rural, como por exemplo, para os financiamentos voltados à avicultura e suinocultura aumentou de 3 milhões para 6 milhões”, acrescenta Schreiner.


Alinhado a dois candidatos que buscam a reeleição, o presidente da Faeg também analisa a possibilidade de derrota nas urnas. Enquanto Caiado aparece na frente nas principais pesquisas de intenções de voto em Goiás, Bolsonaro tem uma disputa mais apertada contra Lula. Independente dos candidatos eleitos, porém, Schreiner lembra que o agro representa uma parcela significativa da economia e do desenvolvimento do país, então deve ter atenção. “Qualquer mandatário em qualquer esfera que não reconhecer isso irá na contramão do crescimento e desenvolvimento. Nosso planejamento continua o mesmo: gerar renda, emprego e alimento para Goiás e Brasil.”


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Fonte: jornalopcao.

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