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Enel é condenada por morte de menina eletrocutada ao voltar da escola

Raquel, de 12 anos, morreu em 2007 ao tocar em cerca energizada por fio de alta-tensão solto. Colega também tomou choque e teve sequelas


A distribuidora de energia Enel foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) a pagar uma indenização de R$ 150 mil para a família de uma adolescente, de 12 anos, após ser eletrocutada por um fio de alta-tensão solto, que energizou uma cerca.

O acidente aconteceu em 9 de novembro de 2007. Raquel da Costa Silva, de 12 anos, e uma amiga, voltavam da escola, em Goiânia, pelo mesmo caminho que costumavam fazer todos os dias, quando encostaram em uma cerca e tomaram uma forte descarga elétrica de 13,8 mil volts.

Na época do acidente, a rede de energia em Goiás era de responsabilidade da estatal Companhia Energética de Goiás (Celg), posteriormente adquirida pela Enel. Raquel morreu na hora e a amiga dela teve lesões graves, ficando com sequelas, como atrofia e paralisia.


Mais de 14 anos

A decisão do juiz Everton Ferreira Santos é de 22 de fevereiro deste ano, mais de 14 anos após a morte da adolescente. No texto da condenação, ele observa que o laudo pericial revelou que não havia proteção dos cabos de energia, o que poderia evitar o acidente.


Para a família de Raquel, houve negligência da prestadora de serviços, que era responsável pela manutenção da linha de alta-tensão e, além disso, nunca se preocupou em dar qualquer assistência para os parentes da vítima.


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