O homem de 46 anos condenado por se passar por pai de santo para cometer crimes sexuais no Distrito Federal (DF) é investigado por estuprar mulheres e adolescentes, em Luziânia, no Entorno do DF. As vítimas contaram à polícia que o suspeito dizia que pessoas próximas a elas iriam morrer ou ter doenças caso as vítimas não participassem dos atos, que ocorriam dentro do templo.
Edivan Jose Pereira Da Luz Filho foi preso no dia 07 de julho, em Luziânia, em decorrência da condenação a mais de 18 anos de prisão pela prática de crimes contra a dignidade sexual cometidos no DF. Ele também é investigado pelos mesmos crimes, em Goiás. O g1 tentou contato com a defesa do suspeito, porém não obteve sucesso até a última atualização desta matéria.
O delegado Victor Avelino, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), explica que as investigações começaram após a denúncia de oito vítimas, entre elas seis mulheres, entre 40 e 20 anos de idade, e duas adolescentes de 17 anos.
Segundo a Polícia Civil (PC), Edivan se identificava como “Pai José” e era responsável por um templo, em Luziânia. As investigações apontam que ele usava dessa função para manter relações sexuais ou importunar sexualmente as pessoas que participavam das cerimônias. Além disso, fazia ameaças para constranger as vítimas para elas participarem dos atos.
“O investigado sugeria que, caso não participassem dos atos ou não mantivessem relações sexuais com ele, morreriam ou alguém próximo viria a óbito, ou iriam contrair alguma doença”, explica o delegado. Após as denúncias, Edivan fugiu e, segundo a polícia, mudou três vezes de casa. Ele era monitorado pela equipe de investigações da DPCA.
Edivan foi preso e, durante o interrogatório realizado no dia 10 de julho, ele permaneceu em silêncio. Como a PC acredita que o investigado pode ter feito outras vítimas em Luziânia e cidades próximas, divulgou a foto dele para que elas possam denunciar o investigado. “As investigações serão finalizadas essa semana. A polícia aguarda novas denúncias”, finaliza Avelino.
Fonte: g1 Goiás.
Comentarios