Polícia Civil disse que o jovem procurou uma delegacia para registrar boletim de ocorrência por injúria racial. A princípio, a investigação apontou que a idosa hostilizou o entregador por ele errar endereço.
Uma idosa de 67 anos chamou um entregador de uma farmácia de "neguinho nojento" após ele atrasar a entrega do pedido dela, em Anápolis, a 55km de Goiânia. A Polícia Civil disse que o jovem procurou uma delegacia para registrar boletim de ocorrência por injúria racial.
O nome da idosa não foi divulgado pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre a investigação.
O entregador disse em depoimento que teve dificuldade com os números que foram preenchidos no pedido e, por isso, a entrega demorou mais do que a idosa gostaria, mas encontrou a casa.
Na residência, mesmo explicando o motivo do atraso, ele disse ter sido tratado com grosserias. A princípio, a investigação apontou que a idosa hostilizou o entregador e até bateu a porta na frente dele.
O g1 procurou o delegado responsável pelo caso, Manoel Vanderic, para saber se a idosa foi ouvida e quais desdobramentos aconteceram desde o dia do registro da ocorrência, na quarta-feira (9), mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Número de casos de injúria aumenta em GO
Os dados divulgados neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que em Goiás, os registros de crime de injúria racial tiveram aumento de 26%, saltando de 480, em 2020, para 614, em 2021.
Para o advogado Alex Costa, especialista em casos de crimes raciais, o número real pode ser ainda maior.
"A vítima, às vezes, é desencorajada a registrar ocorrência e esses dados são referentes aos números formalizados, fora muitos que não são e ficam sem punição, de fato", resslatou Costa.
Fonte: g1 Goiás.
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