Mãe da ex- mulher dele também foi responsabilizada. Lázaro foi morto após buscas que duraram 20 dias com participação de força-tarefa com mais de 270 policiais.
A Polícia Civil indiciou a viúva e a ex-mulher de Lázaro Barbosa por ajudá-lo na fuga, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A mãe da ex-mulher também foi responsabilizada por favorecer o criminoso. As investigações concluíram que as três tiveram contato com o fugitivo dias antes de ele ser encontrado pela corporação e que não o denunciaram.
Segundo o inquérito policial, durante a fuga Lázaro foi ao encontro da ex-mulher Luana Cristina Evangelista, de 30 anos, e da ex-sogra Isabel Evangelista de Sousa, de 65 anos, em busca de auxílio.
Inicialmente, as duas negaram que tivessem visto o criminoso. Depois, elas disseram que ele foi na residência para deixar R$ 300. Leia detalhes mais abaixo.
As três foram indiciadas pelo crime previsto no artigo 348 do Código Penal, que qualifica como crime o auxílio a suspeito para que fuja de ação policial. Se condenadas, podem pegar de um a seis meses de prisão e multa. As investigadas respondem ao processo em liberdade.
O G1 não conseguiu localizar a defesa das acusadas até a última atualização desta reportagem.
Mensagens telefônicas
Ainda segundo o documento, no dia 27 de junho, horas antes de ser morto em confronto a polícia, Lázaro recebeu ajuda para fugir por meio de contatos telefônicos com a viúva Ellen Vieira da Silva, de 20 anos. Ellen é mãe da filha mais nova dele, de 2 anos.
Segundo a investigação, Lázaro teria usado o celular da ex-mulher para ligar para a viúva no dia anterior à sua morte. Eles passaram a madrugada trocando mensagens antes do cerco final.
Ellen apagou quase todas as mensagens, mas sobrou uma, que foi enviada às 5h44: “Ainda bem”, dizia.
Após isso, por volta de 7h, Lázaro tentou ligar cinco vezes para esposa em um intervalo de cinco minutos, em seguida, foi morto pela polícia. As informações constam da apuração da força-tarefa.
Mulheres negaram contato para a polícia
No inquérito consta ainda que, no dia anterior à morte, agentes da Polícia Civil foram à casa de Isabel e Luana, por volta das 19h, para verificar se elas teriam alguma informação sobre Lázaro. As duas informaram aos policiais “que não sabiam do paradeiro de Lázaro, pois não tinham visto o criminoso há muito tempo”
Ainda segundo a investigação, os policiais voltaram à base de operações, mas 1h30 depois, as equipes receberam uma nova denúncia de que o fugitivo estaria na região em que elas moravam.
Os agentes voltaram à residência das duas para questioná-las e na segunda visita da corporação, as duas disseram que Lázaro havia comparecido à residência para entregar R$ 300 em espécie e que tinha usado o celular de Luana para ligar à viúva.
As duas foram questionadas sobre o motivo de não avisar a corporação e elas responderam que “haviam se esquecido”.
O inquérito informa ainda que momentos depois os agentes viram um homem com as mesmas características descritas por denunciantes. Eles correram para o local, mas o homem fugiu para o mato.
Câmeras de segurança filmaram Lázaro perto da casa da ex-mulher
Ainda segundo o inquérito, vários moradores fizeram denúncias alegando terem visto Lázaro nas proximidades da casa delas, inclusive, entrando e saindo do local dias antes de ser morto.
Fazendeiro denunciado
O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, foi denunciado e virou réu na Justiça também por ajudar Lázaro Barbosa durante a fuga.
Aos 32 anos, Lázaro tinha uma extensa ficha criminal, fugiu três vezes da prisão e era acusado de diversos crimes. As buscas que duraram 20 dias com a participação de uma força-tarefa com mais de 270 policiais.
Segundo o boletim de ocorrências, foram disparados 125 tiros contra Lázaro, dos quais quase 40 o atingiram, segundo a Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro Barbosa descarregou uma pistola contra os policiais ao ser encontrado na mata.
Por: Portal Forte News**Com informações do G1 GO
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