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Sepultura menor que caixão constrange família de vítima da Covid-19 e causa 10 horas de atraso em GO



Coveiros serraram caixão para tentar encaixá-lo, mas não deu certo e tiveram de refazer a construção da sepultura, em Maurilândia. Maria de Lourdes Borges, de 69 anos, morreu após 11 dias internada em tratamento contra o coronavírus.

Uma sepultura construída menor do que o caixão gerou constrangimento para a família da cozinheira Maria de Lourdes Borges, de 69 anos, que morreu vítima da Covid-19. Segundo parentes, funcionários chegaram a serrar parte do caixão, mas, mesmo assim, não coube na cova (assista vídeo acima). Com isso, os trabalhadores tiveram de refazer a sepultura, gerando um atraso de dez horas no sepultamento no cemitério de Maurilândia, no sudoeste goiano.


A comerciante Betina Maria Martins Lopes, de 27 anos, contou que o enterro da avó, que estava previsto para acontecer às 13h de sexta-feira (30), só foi realizado às 23h. A neta disse ainda que a família havia passado as medidas corretas do caixão para o cemitério, que é administrado pela prefeitura. “Minha mãe foi lá e os instruiu, ressaltando que era 80 centímetros de largura. E no final, na hora de sepultá-la, descobrimos que eles colocaram 70. Era para acontecer [o sepultamento] por volta das 13h. Porém, nós tivemos que esperar a ‘obra’ do pedreiro secar, no caso, a cova. Puro descaso e constrangimento”, desabafou a neta. À TV Anhanguera, a Prefeitura de Maurilândia informou que lamenta a morte de Maria de Lourdes e que será aberto um ato administrativo junto ao coveiro do cemitério para apurar o caso. O G1 não conseguiu contato com os funcionários do cemitério. Maria de Lourdes faleceu às 11h de sexta-feira, após ficar 11 dias internada tratando as complicações da Covid-19. Ela foi hospitalizada no dia 19 de abril, em Maurilândia, onde residia. Dois dias depois, precisou ser transferida para um hospital em Rio Verde, a pouco mais de 70 km de distância, onde foi levada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Como o protocolo para vítimas da Covid-19 proíbe a realização de velório, apenas alguns familiares participaram de um cortejo até o cemitério. Quando chegaram ao local apenas para assistir ao enterro, perceberam que a sepultura não comportava o caixão e tiveram de enfrentar mais um momento difícil. “Se nada desse certo, teria que retornar com o corpo dela para Santa Helena, onde seria feita a troca de caixão. Foi muito difícil pelo momento que estávamos passando. O que era para ter sido resolvido em poucas horas durou mais do que imaginávamos”, lamentou a neta.


Por: Portal Forte News **Com informações do G1 Goiás.




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