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Unicamp confirma caso de hepatite medicamentosa após “kit Covid”

Paciente deve ser submetido a um transplante de fígado após uso de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina


O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, em Campinas (SP), confirmou na terça-feira (23/3) um caso de hepatite tóxico-medicamentosa relacionada ao uso do “kit Covid”, destinado para prevenção e tratamento da infecção causada pelo coronavírus.

O paciente é um homem de aproximadamente 50 anos, diagnosticado com Covodi-19 há três meses. Ele é atleta e sem histórico de comorbidades – doenças conhecidas por agravar a infecção do vírus Sars-CoV-2.


De acordo com os médicos do hospital, o homem apresentou olhos e pele amarelados cerca de um mês depois de usar o kit, composto por hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, zinco e vitamina D, sob prescrição médica. Nenhum dos medicamentos, no entanto, tem eficácia comprovada na prevenção ou tratamento da infecção.


O morador Indaiatuba, em São Paulo, está internado com lesões importantes, deve ser incluído na lista de transplante de fígado na sexta-feira (26/3), depois de passar por novos exames.

A professora e médica da unidade de transplante hepático do HC, Ilka Boin, afirmou que o paciente chegou ao hospital com sintomas de uma síndrome de doença hepática pós-Covid, mas os médicos verificaram que se tratava na verdade de uma hepatite medicamentosa que causou a destruição dos dutos biliares.

“O paciente tinha usado somente, nos últimos quatro meses, remédios do ‘kit Covid'”, contou em entrevista à emissora EPTV.

Por: Portal Forte News **Com informações do metropoles



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