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DF: Conselho Regional de Medicina desaconselha uso de “chip da beleza”




O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) emitiu um parecer contrário ao uso de “terapias” conhecidas como “chips da beleza“. A instituição destacou que esse e outros implantes hormonais para fins estéticos e de rendimento físico têm “contraindicação absoluta”.


O parecer foi publicado após o conselho ser questionado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).


No documento, o CRM-DF detalhou ser contrário a práticas “sem comprovação que prometem resultados milagrosos”.



“O chamado ‘chip da beleza’ é um implante hormonal, que pode apresentar várias formulações, como a gestrinona, a testosterona, entre outros. O nome vem da definição muscular causada pelos andrógenos, mas que não olha para efeitos adversos como acne, mudanças na voz, clitoriomegalia, infertilidade, entre outros. A maioria dessas formulações tem doses suprafisiológicas de hormônios”, destacou o parecer.


A promotora de Justiça da Pró-Vida, Alessandra Morato, lembrou que vender tratamento sem explicar ao paciente que ele não tem reconhecimento científico, como a terapia neural, configura crime.


“Sob promessas mirabolantes, o paciente com dores agudas é levado a crer que o tratamento alternativo proposto é confiável, quando, na verdade, recebeu apenas uma injeção de anestésico que, obviamente, vai bloquear as dores durante um período de tempo, mas jamais promover biorregulação”, enfatizou Alessandra.


A promotora acrescentou que o uso de hormônios para fins estéticos pode ser crime se ficar comprovado o uso dele fora das necessidades específicas dos pacientes, assim como os “chips da beleza” e produtos que prometem rendimento muscular.


“Os profissionais que atuam em desacordo com as orientações feitas pelo CRM-DF no Parecer Consulta […] estão sujeitos a responder pelos crimes de estelionato, exercício ilegal da medicina, lesão corporal grave ou gravíssima e até homicídio”, completou a representante do MPDFT.

Fonte: metropoles.

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