Bolsonaro aguarda decisão do STF sobre cirurgia enquanto aliados apostam em prisão domiciliar
- Carlos Peixoto

- há 10 horas
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda uma nova manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) após solicitar autorização para a realização de uma cirurgia de hérnia. No mesmo pedido, os advogados também requereram a concessão de prisão domiciliar, o que gerou expectativa entre aliados de que as duas demandas fossem analisadas de forma conjunta.
No entanto, na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido de prisão domiciliar, frustrando a estratégia da defesa e do entorno político de Bolsonaro. A autorização para a cirurgia ainda depende da indicação de data, do parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e de nova decisão do relator, que deverá definir as condições da custódia durante a eventual internação.
Segundo analistas, o cenário mais provável, diante das decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes, é que Bolsonaro seja autorizado a deixar temporariamente a Superintendência da Polícia Federal apenas para o procedimento médico, retornando ao regime de custódia após a recuperação inicial. Questões como quem poderá acompanhá-lo, o tempo de internação e a forma de divulgação de boletins médicos ainda serão definidas judicialmente.
Impactos políticos e estratégia dos aliados
No campo político, o episódio reforça a estratégia dos aliados de Bolsonaro de manter o tema da saúde no centro do debate público. O grupo sustenta que o ex-presidente não reúne condições clínicas para permanecer em regime fechado, utilizando relatos de visitas e avaliações médicas como argumento para sensibilizar a opinião pública e o Judiciário.
Além do aspecto jurídico, a discussão tem reflexos diretos no cenário político nacional. Bolsonaro segue como principal liderança da oposição ao governo federal e qualquer mudança em seu regime de custódia pode influenciar o discurso de seus apoiadores, a mobilização de sua base e o equilíbrio de forças no Congresso. Ao mesmo tempo, o STF busca demonstrar que decisões relacionadas ao ex-presidente seguem critérios técnicos e jurídicos, evitando interpretações de favorecimento político.
O caso segue em acompanhamento e deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, à medida que a defesa formalize a data da cirurgia e a PGR se manifeste oficialmente sobre o pedido.
Por Carlos Peixoto




























































