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Defensorias públicas pedem na Justiça que 1º HCamp do país seja reativado em Águas Lindas


Interior do hospital de campanha de Águas Lindas de Goiás — Foto: Divulgação Ministério da Infraestrutura/Alberto Ruy

Defensores argumentam que se unidade estivesse funcionando diminuiria a fila de espera de pacientes com Covid-19. Ação solicita que, caso unidade não seja reaberta, Goiás precisa implantar, pelo menos, mais 300 vagas de UTIs em hospitais já existentes no estado.

Após o aumento no número de casos de Covid-19, a Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE) entraram com uma ação pedindo que o Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, no entorno do Distrito Federal, seja reativado. A unidade foi a primeira a ser construída pelo governo federal para atender exclusivamente pessoas com coronavírus.


O G1 entrou em contato com o Ministério da Saúde, por e-mail, às 7h56 desta terça-feira (30), pedindo um posicionamento sobre a situação, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Já a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) disse que a decisão de fechar a unidade foi do governo federal e que chegou a solicitar, por duas vezes, a prorrogação do funcionamento do hospital, mas os pedidos foram negados. No entanto, afirmou que não tem interesse em reativar a unidade, mas sim em investir em outros hospitais já existentes. "Nós não temos a intenção em reaver aquela estrutura daquela forma, com tendas e tudo mais. Se houver a possibilidade de investirmos em nossos hospitais, nas estruturas que são de alvenaria, que são perenes, como nós temos feito, isso nós temos interesse”, afirmou o chefe da pasta, Ismael Alexandrino. Na ação, protocolada na última sexta-feira (26), os defensores argumentam que se o hospital estivesse funcionando diminuiria a fila de espera por leitos. Atualmente, segundo a SES-GO, 286 pacientes aguardam por vaga em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e outros 192 precisam de enfermaria em Goiás. No documento, os defensores pedem que, caso a unidade não seja reaberta, o estado e o governo federal precisam instalar novos leitos em hospitais já existentes no estado. Segundo eles, Goiás precisa de, pelo menos, mais 300 leitos de UTI e 150 de enfermaria para atender os pacientes que atualmente aguardam na fila de espera por vaga. “Estão compelidos União e Estado de Goiás a disponibilizar leitos hospitalares (UTI e enfermaria) em número suficiente para atender toda a população de Goiás e de maneira célebre [rápida], uma vez que cada dia em uma fila de espera pode significar a morte de mais cidadãos por falta de tratamento adequado para a Covid-19”, argumentam na ação. O G1 questionou tanto o Ministério da Saúde quanto a SES-GO, por e-mail enviado às 7h56 desta terça-feira, sobre a abertura de novas vagas em hospitais já existentes, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. HCamp de Águas Lindas O hospital foi anunciado no dia 7 de abril de 2020 e concluído no dia 23 do mesmo mês. Porém, ele só foi transferido ao governo goiano um mês depois. A construção custou cerca de R$ 10 milhões. A estrutura foi inaugurada no dia 5 de junho, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador Ronaldo Caiado (DEM). No dia 14, a primeira paciente foi transferida para a unidade. Após quatro meses de funcionamento, ele foi desativado, em outubro de 2020. Durante o tempo de funcionamento, o hospital, que tinha 200 leitos, recebeu 771 pacientes. Destes, 480 se recuperaram da doença e 254 morreram. Durante o processo para desativação, 37 pacientes que ainda estavam internados foram transferidos para outras unidades de saúde. Por: Portal Forte News **Com informações do G1 GO e TV Anhanguera




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