Por: CARLOS da ÚNICA

Grupo é preso suspeito de cobrar dinheiro por falsas vagas de emprego no governo de Goiás

Segundo a Polícia Civil, suspeitos ofereciam supostas vagas comissionadas por até R$ 20 mil. Prejuízo das vítimas chega a R$ 200 mil.

Grupo oferecia falsas vagas de emprego no governo de Goiás, em Goiânia — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Quatro pessoas foram presas suspeitas de oferecer falsos cargos comissionados no governo de Goiás cobrando pagamento pelas supostas vagas. Segundo a Polícia Civil, o grupo dizia ter influência na administração estadual e, com isso, enganava as vítimas com falsas promessas de emprego. O prejuízo estimado das vítimas, de acordo com a investigação, chega a R$ 200 mil.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, por isso, o G1 não conseguiu identificar se eles apresentaram defesa até a última atualização desta reportagem. As prisões aconteceram na última quarta-feira (16). Ao todo, 10 vítimas já foram identificadas. À TV Anhanguera, uma delas, que não quis se identificar, contou que o cargo oferecido seria de confiança e que ela deveria pagar R$ 13 mil para conseguir a vaga. “Me chamou atenção. Eles diziam que não teria nada de errado, pois o cargo de confiança é dado a pessoas de confiança. Com isso, ele chamou a gente para uma reunião, disse que a vaga era R$ 20 mil, porém, como ele tinha uma certa amizade há 40 anos, ele iria deixar por R$ 13 mil pra gente”, diz. Valor cobrado Segundo o delegado responsável pela investigação, Germano Castro, para não levantar suspeitas, o grupo fazia as reuniões em um consultório odontológico, que pertence a um dos suspeitos. De acordo com o investigador, eles cobravam até R$ 20 mil por um falso cargo. “Um dentista era responsável por captar pessoas interessadas em obter os cargos em comissão junto ao estado. Havia também uma outra pessoa que se colocava como alguém influente no governo e que iria obter os cargos após o pagamento das vítimas que eram de R$ 15 a 20 mil", contou. Os investigados serão indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa, crimes que, somados, preveem até 8 anos de prisão. Por: Giro da Revista- Da G1 Goiás..