Os 13 vereadores de Iporá, no oeste goiano, votaram pela abertura de uma Comissão Processante em desfavor do prefeito Naçoitan Araújo Leite (sem partido). O político é suspeito de invadir a casa da ex-companheira e atirar, ao menos, 15 vezes em direção à mulher e ao atual namorado dela.
Em nota, a Polícia Civil do estado informou que a Delegacia da Mulher de Iporá já está investigando o caso e “todas as providências iniciais cabíveis já foram adotadas. O delegado responsável pelo caso, Bruno de Paula, vai se pronunciar a respeito após a conclusão das investigações”. O prefeito, que teve a prisão decretada pela Justiça, segue foragido.
A sessão na Câmara Municipal começou às 9h. O município tem 13 vereadores, e seria necessário pelo menos sete votos para que o prefeito fosse retirado do poder.
Conforme a leitura do pedido, feita pelo o primeiro secretário da Câmara, vereador Frederico Faria (PTB), Naçoitan teria repetido inúmeros atos contrários ao decoro exigido do gestor municipal.
Por meio das redes sociais, moradores da cidade informaram que houve pressão popular para que os parlamentares votassem pelo impeachment do prefeito. “Bom lembrar que os 11 da base só mudaram por pressão popular”, disse um dos internautas.
Relembre o caso do prefeito
O prefeito de Iporá, cidade a cerca de 226 km da capital goiana, Naçoitan Leite (sem partido), é suspeito de invadir a casa da ex-companheira, com uma caminhonete, e atirar ao menos 15 vezes contra a mulher e o atual namorado dela. O caso aconteceu na madrugada do último sábado (18/11).
Em nota, o advogado Francisco Damião da Silva nega a tentativa de feminicídio, pois “a relação conjugal noticiada já tinha se encerrado e não havia nenhum interesse de ambas as partes na reconciliação” e que nunca houve qualquer intenção “de atingir a integridade física de quem quer que seja”.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o prefeito entra na residência. A ação demorou cerca de 3 minutos.
Naçoitan e a ex-companheira mantiveram um relacionamento por 15 anos, e estão separados há dois meses. O ataque teria sido motivado pela não aceitação do fim da relação por parte do autor.
Fonte:metropoles.
